- O Conflito Sírio e as Relações Internacionais – Teresa Almeida Cravo
Esta sessão pretende debater com os/as estudantes o conflito armado sírio e o seu impacto nas relações internacionais. Na primeira parte analisaremos as características da região do Médio Oriente e Norte de África, para efeitos de contextualização; na segunda parte discutiremos de forma mais aprofundada a guerra na Síria, em termos de causas, atores, dinâmicas e impacto.
- Desafios à segurança Europeia: a UE, a Parceria Oriental e a Rússia – Maria Raquel Freire, Daniela Nascimento, Paula Duarte Lopes, Teresa Almeida Cravo e Bernardo Fazendeiro
O final da guerra fria e a alteração no ordenamento internacional que este implicou, em particular no que concerne o tema da segurança europeia, são o mote desta sessão que visa perceber o atual contexto de incerteza e insegurança nas fronteiras leste da União Europeia. As relações UE-Rússia estão sob olhar atento dos europeus, que após a crise de 2014 na Ucrânia levou a um contexto de enorme tensão, à aplicação de sanções e a um diálogo que foi minimizado em termos de densidade e temáticas. As relações UE-Rússia e os países que fazem parte da vizinhança partilhada, atualmente com violência não só no leste da Ucrânia mas também na região do Nagorno-Karabalh tornam a análise premente. Importa compreender e interpretar as dinâmicas em curso, as lógicas de violência e os esforços de transformação de narrativas de oposição em narrativas de paz.
Esta sessão debate a atual crise nas relações entre a UE e a Rússia, incluindo a análise dos países que fazem parte da Parceria Oriental, incluindo a Ucrânia. De que modo o projeto de segurança europeu revela fragilidades e oportunidades será analisado, recorrendo a exemplos concretos. O lugar da UE e da Rússia na segurança europeia serão aqui analisados também em contexto, de modo a perceber-se como o desenvolvimento do projeto europeu desde o período da Guerra Fria, tem consequências na relação com a então União Soviética e, hoje, a Rússia.
- A UE como Ator de Segurança: Novos Desafios, Velhos Problemas – Maria Raquel Freire, Daniela Nascimento, Paula Duarte Lopes, Teresa Almeida Cravo e Bernardo Fazendeiro
O tema da UE enquanto ator de segurança está na ordem do dia, face aos inúmeros desafios que persistem, desde terrorismo a violência armada nas fronteiras da União Europeia, até à atual pandemia, e à forma como adiciona pressão à segurança da UE lida em termos amplos. A capacidade de gestão das (in)seguranças e de resposta a estes inúmeros desafios é objeto de discussão, de modo a melhor compreendermos este ator, tão fundamental nas nossas vidas.
Esta sessão analisa a evolução do projeto de integração europeu desde a formação das Comunidades Europeias, que incluía na sua génese a ideia de paz na Europa, até aos desafios atuais em particular em matéria de segurança. Migrações e refugiados, terrorismo, questões ambientais, a guerra na Ucrânia, são temas que diretamente impactam no dia-a-dia da UE e que devem ser pensados de forma crítica nos desafios que constituem ao próprio projeto europeu.
- Seremos Todos Iguais e Livres?: Os Direitos Humanos no Mundo – Daniela Nascimento
Esta sessão pretende dar a conhecer aos estudantes a evolução do sistema de proteção dos Direitos Humanos, os seus instrumentos e principais instituições no plano universal e regional, com particular destaque para o sistema europeu de proteção dos direitos humanos. A reflexão em torno deste tema, seus níveis de garantia, respeito e proteção será igualmente feita por relação com o caso português e recorrendo a exemplos do quotidiano com os quais os estudantes se possam identificar. Esta será uma sessão interativa e incluirá a visualização de pequenos vídeos sobre o tema.
- Desinformação, Violência e Redes Sociais – Sofia José Santos
As redes sociais são cada vez mais determinantes na forma como vemos o mundo, assumindo papel preponderante face ao modo como conhecemos, percepcionamos e nos posicionamos sobre diferentes temas, eventos, identidades, grupos, crenças ou questões. Com grande potencial narrativo e sem um crivo editorial que obedeça a códigos deontológicos e éticos, a comunicação que é feita nas redes sociais é, não raras vezes, violenta e povoada por notícias falsas. Tal acontece a várias escalas, com várias intensidades e em vários contextos. A partir de exemplos concretos, esta sessão de “O CES vai à Escola” pretende refletir sobre a forma como as redes sociais têm contribuído para a geração e a perpetuação de violências (nomeadamente através da propagação do discurso de ódio e do recurso a cyberbullying, trolling e cibertropas), explorando o impacto que a polarização e a desinformação violenta têm tido na ameaça a comunidades e sociedades democráticas e pacíficas, e discutindo, do mesmo modo, o potencial das redes sociais na desconstrução destas violências através de iniciativas individuais, jornalísticas e ativistas.